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Editorial do número 17

Éditorial du numéro 17
Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello-Théry

Texto integral

Editorial do número 17

1A reunião dos editores de revistas da OpenEdition (portal que inclui Revues.org), que ocorreu em 26 de março em Paris, foi uma excelente oportunidade para identificar a posição da Confins no “bouquet” de revistas do portal. Em 2012, entre as 385 revistas atualmente publicadas, Confins está em 8 º lugar pelo número de visitas (383.134) e no quinto em relação aos visitantes diferentes (313.139). A revista também se classifica em 3 º lugar quanto a banda utilizada (383,6 Gigabytes), provavelmente por conta do grande número de documentos gráficos que publica. Agradecemos aos autores, que confiaram em nós, e aos membros do conselho editorial, cuja vigilância mantém a qualidade nos melhores padrões internacionais, esse bom resultado.

2Além dessa qualidade, o que é, obviamente, o primeiro objetivo, uma das nossas maiores preocupações é manter um ritmo de publicação o mais rápido possível, para não cair na situação de revistas estabelecidas há muito tempo, onde não é incomum um artigo levar mais de dois anos para “sair”. Na Confins, a média geral entre a chegada de um manuscrito e a sua publicação on-line (passando por uma avaliação por três ou quatro colegas e a redação de uma segunda versão) é um pouco menos de oito meses, e tende a diminuir desde a introdução do sistema de gestão dos manuscritos (Figura 1).

Figura Prazo médio de publicação dos artigos na Confins

Figura  Prazo médio de publicação dos artigos na Confins

3O número 17 da Confins marca o nosso compromisso de manter a vigilância sobre as dinâmicas do território e os avanços no campo da epistemologia da geografia, mas também a preocupação de refletir sobre as mudanças que ocorrem em todas as regiões do Brasil.

4Ele inicia com o tema da epistemologia da geografia, por um artigo inédito de Paul Claval, “Le rôle du terrain en géographie”, que retraça o papel atribuido, em toda a história da geografia, a este método de pesquisa geralmente considerado como consubstancial para a nossa ciência.

5No contexto das dinâmicas territoriais, esta edição centra-se em duas principais, o turismo com “Quatro decadas de transformações: a vilegiatura marítima no litoral metropolitano de Fortaleza” de Alexandre Queiroz Pereira, e as fronteiras agrícolas com “Agricultura científica globalizada e fronteira agrícola moderna no Brasil” de Samuel Frederico. O tema da epistemologia e da inovação conceitual e metodológica é representado pelos artigos ”Sur la première carte de flux réalisée avec des flèches (Ravenstein, 1885)” de Françoise Bahoken e “L'invention du Biome Cerrado : économie verte et sociobiodiversité ” de Catherine Aubertin e Florence Pinton.

6Além desses artigos que geograficamente tratam do Nordeste e do Centro-Oeste, o “Tour do Brasil” desta edição 17 continua no Sul - e além das fronteiras nacionais - com “Integração regional, a região transfronteiriça da bacia do rio da Prata – América do sul – e os projetos de infraestruturas de conexão” de Aldomar Ruckert, e continua com dois artigos focados sobre Londrina (Paraná), “Dinâmica da ocupação e uso do solo em Londrina (PR): um olhar sobre a interface urbano-rural” de Amarildo Souza Paula Fernandes e Omar Barros Neto, e “Geografia da saúde e anomalias na distribuição geográfica dos dados” de Paulo Araújo e José Rogério Paulo Peccinini Pinese. A turnê continua no Norte, com outra “dupla” que fala do Amapá “Desenvolvimento econômico em cidades da fronteira amazônica: ações, escalas e recursos para Oiapoque-AP” de Gutenberg Vilhena Silva, e “As relações estabelecidas entre a metrópole de Belém e a cidade média de Macapá (AP)” de Marcio Brito Douglas Amaral.

7Com os “projetos de pesquisa”a turnê continua no Norte e termina em São Paulo (e até o coração - escondido - desta cidade). Madeleine Boudoux d’Hautefeuille aborda as “Politiques publiques de développement à la frontière franco-brésilienne : une ignorance mutuelle” (complementada pela “imagem comentada” “La frontière franco-brésilienne (Guyane/Amapá), un modèle hybride entre mise en marge et mise en interface”), e Octavie Paris revela a “(In)visibilité des classes pauvres en ville par le prisme des cortiços paulistes au Brésil”.

8Seis resenhas completam esta edição, elas fazem o leitor percorrer o mundo, com o Atlas de la mondialisation, o passado com a Geografia Histórica do Brasil, as organizações rurais com Organisations et sociétés paysannes e as economias da América latina com Les économies émergentes latino-américaines. Sem esquecer as relações franco-brasileiras, razão de ser desta revista, já abordado por Madeleine Boudoux d’Hautefeuille: relações intelectuais com a França e a Escola Brasileira de Geografia, e de fronteira em rios distantes da Amazônia Le Jari, géohistoire d’un grand fleuve amazonien.

9Boa leitura a todas e todos.

Éditorial du numéro 17

10La tenue de l’assemblée des rédacteurs de revues d’OpenEdition (le portail qui inclut Revues.org), qui a eu lieu à Paris le 26 mars dernier, est l’occasion de situer Confins dans le « bouquet » de revues qui y figurent. Pour l’année 2012, parmi les 385 revues actuellement publiées, Confins se situe au 8e rang pour le nombre de visites (383 134) et au 5e pour celui des visiteurs différents (313 139). La revue est même au 3e rang pour la bande passante utilisée (383,6 Giga-octets), probablement en raison du grand nombre de documents graphiques qu’elle publie. Un bon résultat, pour lequel nous tenons à remercier les auteurs qui nous ont fait confiance et les membres du comité de rédaction dont la vigilance permet de maintenir la qualité des articles aux meilleurs standards internationaux.

11Outre cette qualité, qui est évidemment le premier objectif, maintenir un rythme de publication aussi rapide que possible est l’un de nos soucis majeurs, nous ne voulons pas tomber dans le travers des revues anciennement établies où il n’est pas rare qu’un article mette plus de deux ans à « sortir ». La moyenne globale entre l’arrivée d’un manuscrit et sa mise en ligne, en passant par une évaluation par trois ou quatre collègues et la rédaction d’une seconde version est d’un peu moins de huit mois, et tend à diminuer depuis l’introduction du système de gestion des manuscrits en ligne (figure 1).

Figure Délai moyen de publication des articles de Confins

Figure  Délai moyen de publication des articles de Confins

12Le numéro 17 de Confins marque bien notre volonté de maintenir une veille sur les dynamiques du territoire et sur les avancées dans le domaine de l’épistémologie de la géographie, mais aussi de rendre compte des changements à l’œuvre dans toutes les régions du Brésil.

13Il s'ouvre, au titre de l’épistémologie de la géographie, sur un article inédit de Paul Claval, « Le rôle du terrain en géographie », qui retrace la place faite tout au long de l'histoire de la géographie à cette méthode de recherche généralement considérée comme consubstantielle de notre science. Parmi les dynamiques du territoire, ce numéro s’intéresse à deux des principales, celle du tourisme avec « Quatro decadas de transformações: a vilegiatura marítima no litoral metropolitano de Fortaleza », d’Alexandre Queiroz Pereira, et celle des frontières agricoles avec « Agricultura científica globalizada e fronteira agrícola moderna no Brasil », de Samuel Frederico. Le thème de l’épistémologie et de l’innovation conceptuelle et méthodologique est représentée par les articles « Sur la première carte de flux réalisée avec des flèches (Ravenstein, 1885) », de Francoise Bahoken et « L'invention du Biome Cerrado : économie verte et sociobiodiversité », de Catherine Aubertin et Florence Pinton.

14Après les articles cités, qui géographiquement touchent le Nordeste et le Centre-Ouest, le « tour du Brésil » de ce numéro 17 continue dans le Sud – et au-delà des frontières nationales – avec « Integração regional, a região transfronteiriça da bacia do rio da Prata – América do sul – e os projetos de infraestruturas de conexão », d’Aldomar Ruckert, et continue par deux articles portant sur Londrina (Paraná), « Dinâmica da ocupação e uso do solo em Londrina (PR): um olhar sobre a interface urbano-rural », d’Amarildo Souza de Paula et Omar Neto Fernandes Barros, puis « Geografia da saúde e anomalias na distribuição geográfica dos dados », de Paulo Rogério Araujo et José Paulo Peccinini Pinese. Dans le Nord, un autre « doublé » concerne l’Amapá, « Desenvolvimento econômico em cidades da fronteira amazônica: ações, escalas e recursos para Oiapoque-AP », de Gutemberg Vilhena Silva, et « As relações estabelecidas entre a metrópole de Belém e a cidade média de Macapá (AP) », de Marcio Douglas Brito Amaral.

15Avec les « positions de recherche » le tour continue dans le Nord et s’achève à São Paulo (et même au cœur – caché – de cette ville). Madeleine Boudoux d'Hautefeuille, aborde les « Politiques publiques de développement à la frontière franco-brésilienne : une ignorance mutuelle » (complété par l’« image commentées » « La frontière franco-brésilienne (Guyane/Amapá), un modèle hybride entre mise en marge et mise en interface »), et Octavie Paris révèle « (In)visibilité des classes pauvres en ville par le prisme des cortiços paulistes au Brésil ».

16Six comptes-rendus complètent ce numéro, ils feront voyager le lecteur dans le monde entier, avec l’Atlas de la mondialisation, dans le passé avec la Geografia histórica do Brasil, parmi les sociétés rurales avec Organisations et sociétés paysannes et les économies latino-américaines avec Les économies émergentes latino-américaines. Sans oublier les voisinages franco-brésiliens, raison d’être de cette revue et déjà abordés par Madeleine Boudoux d'Hautefeuille : voisinages intellectuels avec França e a Escola Brasileira de Geografia, et frontaliers sur les fleuves lointains de l’Amazonie avec Le Jari, géohistoire d’un grand fleuve amazonien.

17Bonne lecture à tous.

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Índice das ilustrações

Título Figura Prazo médio de publicação dos artigos na Confins
URL http://journals.openedition.org/confins/docannexe/image/9713/img-1.png
Ficheiro image/png, 34k
Título Figure Délai moyen de publication des articles de Confins
URL http://journals.openedition.org/confins/docannexe/image/9713/img-2.jpg
Ficheiro image/jpeg, 68k
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Para citar este artigo

Referência eletrónica

Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello-Théry, «Editorial do número 17»Confins [Online], 17 | 2013, posto online no dia 16 agosto 2014, consultado o 29 março 2024. URL: http://journals.openedition.org/confins/9713; DOI: https://doi.org/10.4000/confins.9713

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Hervé Théry

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